sábado, 18 de dezembro de 2010


Leite Derramado – Chico Buarque

Aos sessenta e cinco anos de idade, em pleno domínio de sua linguagem e talento, Chico Buarque publica Leite derramado. Um romance ocidental moderno de cento e noventa e cinco páginas (pela editora Companhia das Letras) onde as memórias de um velho em seu leito de hospital se transformam em histórias dirigidas às enfermeiras, aos médicos, à sua filha e a quem mais queira ouvir.
Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1944. Cantor, compositor e escritor, publicou as peças Roda Viva (1968), Calabar (1973), Gota d’água (1975), e Ópera do malandro (1979); a novela Fazenda modelo (1974) e os romances Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite derramado (2009).

O livro se passa na época atual, onde Eulálio, um velho centenário membro de uma tradicional família brasileira discorre sua vida para quem estiver interessado. Ele desfia a história de toda sua linhagem passando por seus ancestrais portugueses, um barão do império, um senador da Primeira República, seu casamento com a mulata Matilde, sua desilusão amorosa, sua filha, neto, dando uma passadinha na tomada dos militares pelo poder, seu bisneto, até chegar ao seu tataraneto, um garotão que vive no Rio de Janeiro atual. Uma vida familiar marcada pela decadência social e econômica do narrador em primeira pessoa, Eulálio, tendo como plano de fundo a história do Brasil nos últimos dois séculos.
Um livro envolvente e interessante, onde cada página faz o leitor imaginar o que vem por aí. Vale à pena dar uma olhadinha.

Por Gabriella Zagne

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rodrigo Lacerda fatura o segundo lugar no Prêmio Portugal Telecom

Olá Galera

Depois de um tempinho sem postar, estou voltando a ativa. Fiquei muito feliz com a notícia de que o Rodrigo Lacerda ficou em segundo lugar no Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2010. Ainda mais depois da promoção que fizemos aqui no blog. O Alan com certeza também deve estar muito feliz lendo a obra vencedora do Prêmio. Não é Alan?. Bom vou postar a matéria que li no blog Tempo de Letras, da CBN.

Beijos e até a próxima!

Cris Gusmão


Chico leva mais uma

Por Simone Magno

Três cariocas foram agraciados ontem com o Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Chico Buarque, que na semana passada levou o Jabuti de Melhor Livro de Ficção, ficou em primeiro lugar com seu Leite derramado, e recebeu R$ 100 mil. Em segundo ficou Rodrigo Lacerda (na foto, com Chico) com Outra vida, pelo qual recebeu R$ 30 mil. Em terceiro ficou Lar,, de Armando Freitas Filho, recebendo R$ 15 mil. Os prêmios foram entregues em uma cerimônia com um novo formato. Inicialmente Shakhaf Wine, presidente da Portugal Telecom no Brasil, abriu a noite falando do compromisso da Portugal Telecom com o país e explicou a retirada de Caim, de José Saramago, da lista de finalistas. A cerimônia teve uma homenagem especial a Saramago, representado por sua mulher, Pilar Del Rio, e por uma grande amiga, a escritora brasileira Nélida Piñon. No palco, o apresentador Jô Soares, entrevistou o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, Pilar e Nélida, e por fim o grande vencedor da noite, Chico Buarque, que falou de futebol, literatura e sua vida como escritor e compositor. Os vencedores foram eleitos por um Júri que escolheu por meio de voto secreto entre 10 obras finalistas as melhores publicações de 2009 no Brasil.

sábado, 23 de outubro de 2010

Itaú vai distribuir 8 milhões de livros infantis. Peça o seu kit!



Todos os anos, junto com a Fundação Itaú social, o Itaú busca reforçar a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente através de ações voltadas à educação. Neste ano, a ação convida toda a sociedade a contribuir para o desenvolvimento dessas crianças através de um gesto simples: a leitura para crianças de até 6 anos. Para isso, o banco vai distribuir gratuitamente 8 milhões de livros.

A coleção Itaú de Livros infantis é feita de quatro volumes, para você ler e reler com seus filhos, sobrinhos, netos ou alunos. Você assume o compromisso de ler um livro para uma criança e de repassar esse livro para outra pessoa fazer o mesmo.

Acesse o site e faça seu pedido. É só preencher o cadastro e recebê-los na sua casa, em qualquer lugar do Brasil.

Fonte: Ebooks Grátis

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O menino do pijama listrado - John Boyne



John Boyne é um romancista Irlandês, nascido em abril de 1971. O menino do pijama listrado é o terceiro dentre seus sete livros. Traduzido por Augusto Pacheco Calil, 192 páginas, publicado aqui no Brasil pela editora Companhia das Letras. O menino do pijama listrado vendeu pouco mais de cinco milhões de cópias em todo o mundo e recentemente foi adaptado para o cinema. Este livro de Boyne ganhou dois Irish Book Awards.

A história se passa em plena década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial. Bruno é um menino de nove anos que vive uma infância normal e feliz em uma grande casa com sua família em Berlim, sem saber o que acontece no mundo lá fora.

Um dia quando chega da escola, descobre que irão se mudar por conta do emprego do pai que para ele sempre fora um mistério. Bruno e sua irmã nunca tiveram a liberdade de entrar no escritório do pai, um homem extremamente rigoroso que segue ordens diretas de Hittler. Mas disso, eles nada sabem, eles nada entendem.

A chegada na nova morada é fatigada para o narrador em primeira pessoa, Bruno. A princípio ele não gosta de nada, sente falta dos amigos e da casa onde morava. Ao observar seu quintal, Bruno descobre que dele pode ver um local onde todos se vestem com a mesma roupa listrada, um local que ele nunca vira antes, um local onde as crianças não brincavam. Sem nem ao menos desconfiar, Bruno está vendo, pela primeira vez, um campo de concentração. Ao explorar as redondezas ele acaba indo parar no lugar que vira antes da janela de seu quarto. Ao se aproximar acha um menino sentado ao lado da grade que separava sua casa do campo, usando o curioso uniforme listrado. Desta descoberta surge uma amizade que rende outras visitas ao seu mais novo amigo. Uma idéia inusitada acaba levando ambos a um fim que deixa o leitor com um nó na garganta.

Um livro triste e extasiante. Uma história onde o Holocausto é visto pelos olhos de uma criança. Não é um livro que conta a história da Segunda Guerra Mundial, mas a história da amizade entra dois meninos, Bruno e Shmuel. Onde o clímax da história coincide com o fim do livro e da história de Bruno.

Por Gabriella Zagne

Resultado da Promoção

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Bom galera, a promoção chegou ao fim. Agradeço a participação de todos e aguardem novas promoções do blog. E o vencedor foi....

Alan Freitas


Parabéns Alan! Você tem até 3 dias para responder o meu e-mail, enviando os seus dados.  

Caso o Alan não responda, realizarei um novo sorteio.
Beijos e até a próxima!!!!
Cris Gusmão

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A história de Edgar Sawtelle - David Wroblewski


O primeiro livro de um autor sempre faz com que a expectativa em saber a opinião dos críticos e dos leitores seja excruciante. Sempre fica a pergunta: Será que vão gostar do meu livro? Muitos podem se decepcionar com a resposta, mas isso não aconteceu com David Wroblewski. Seu livro de estréia “A história de Edgar Sawtelle” (The Story of Edgar Sawtelle, traduzido por José Rubens Siqueira, 528 páginas) lançado no Brasil pela editora Intrínseca, foi aclamado pelos leitores que escolheram esta encantadora viagem. Stephen King, conhecido por suas críticas não muito elogiosas disse em uma entrevista sobre o livro "(...) Maravilhoso, misterioso, longo e prazeroso: leitores que escolherem (...) entrarão em um mundo mais rico. Invejo a viagem que farão. Eu não releio muitos livros, porque a vida é curta demais. Vou reler esse".

O livro é narrado em terceira pessoa. Ele conta a história de um menino mudo que nasceu em uma cidade remota no interior dos EUA, onde vive com seus pais, Gar e Truddy, juntamente com uma cachorra que o acompanha desde sua infância, Almondine. Juntos, eles levam uma vida tranqüila criando cães que é uma tradição da família Sawtelle iniciada com o avô de Edgar. Seus cães são uma raça única, obtida através de cruzamentos sucessivos sem nenhum tipo de critério específico, apenas pela intuição. Com o passar do tempo, esses cães tremendamente inteligentes passaram a ser chamados de Cães Sawtelle. A chegada de seu tio, o irmão de seu pai, deixa a vida desta família de cabeça para baixo. E no meio de muitas brigas familiares Claude passa a morar na cidade. Quando tudo parece voltar aos eixos o pai de Edgar morre misteriosamente enquanto cuidava dos cães no celeiro. Com isso, Claude se insinua na vida de sua família e acaba tento um romance com Truddy.

Uma noite Edgar vê o que parece ser o fantasma de seu pai que lhe diz que sua morte não foi um simples acidente como todos pensam. Edgar tenta provar o envolvimento de Claude com a morte de seu pai e não conseguindo parte para a floresta com a companhia de três cães de sua ninhada. Após algumas aventuras, o amor pela mãe, pelo trabalho de sua família e a sua sede por vingança, o leva de volta para casa.
No entanto, quando chega ao local, descobre que Almondine está morta e ele se vê em uma busca desesperada por salvar o trabalho de seus descendentes de um incêndio avassalador e repentino no celeiro. No meio da confusão, Claude vai ao seu encontro e o mata da mesma forma que matou Gar. O capítulo final é curiosamente visto pelo ponto de vista de um dos maravilhosos Cães Sawtelle. Onde com muita determinação guia seus irmãos a um novo caminho após o trágico fim do celeiro.

A narrativa de Wroblewski é detalhada e muitas vezes repetitiva, mas vale à pena cada página lida. Essa é a história de um menino mudo, de catorze anos, que só se comunica por sinais e bilhetes, que vive uma vida a princípio tranquila e no seu final, turbulenta e vingativa. Fala sobre cães e homens e o quanto esse laço pode ser importante para um cão. É uma história emocionante e fantástica que vale a pena conferir.

Por Gabriella Zagne

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pedido de desculpa

Quero pedir desculpa a vocês por não estar postando regularmente. É que estou na fase de finalização do meu livro e o tempo está muito corrido. Prometo voltar a ativa assim que ele ficar pronto e trarei notícias sobre esse meu novo filho que está prestes a "nascer".
Um grande beijo
Cris Gusmão

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lançamento do livro "A rebelião dos sinais"




A Editora Multifoco convida para o lançamento de “A rebelião dos sinais", do autor André Luis Mansur.
Imagine o que aconteceria se os sinais e acentos da língua portuguesa resolvessem sair dos livros, revistas e demais publicações. Pois é este o tema da peça “A rebelião dos sinais”, que dá nome ao livro do jornalista André Luis Mansur e vem acompanhada de doze contos.
As histórias apresentam personagens cotidianos que enfrentam obstáculos, mas, não deixam de sonhar com mudanças em suas vidas. Como descreve Arthur Dapieve, no prefácio, “eles são gente do povo, comum, de carne e osso”.


Serviço:
Dia: 14 de setembro, terça-feira
Horário: 19h
Local: Editora Multifoco – Av. Mem de Sá, 126, Lapa (entre as ruas Gomes Freire e do Rezende)

O autor:



André Luis Mansur é jornalista, tem 40 anos e é carioca. Já trabalhou em veículos como o “Jornal do Brasil”, “Tribuna da Imprensa”, “Rádio Brasil” e “O Globo”, onde escreve críticas literárias para o caderno “Prosa & Verso” há 14 anos. Também já trabalhou como colaborador em editoras e revistas como a “Aventuras na História”, da editora Abril. Tem dois livros publicados, “Manual do Serrote” (Bruxedo), de humor, e “O Velho Oeste Carioca” (Íbis Libris), de História. Mantém o blog www.emendasesonetos.blogspot.com, onde publica crônicas e também artigos sobre a História do Rio de Janeiro.


Leia o prefácio do livro "A rebeliao dos sinais"

A causa do bom português
Arthur Dapieve

Há não muito tempo um canal de TV por assinatura cismou de, para parecer moderninho, legendar os filmes que exibia numa determinada sessão à moda da internet. E tome vc e tome naum e tome tc. A invencionice foi rechaçada tão rápido e unanimemente que saiu do ar. “A rebelião dos sinais”, minipeça que dá nome a esta coletânea de contos de André Luís Mansur, adota um tom quase infantil para abordar essa questão bem adulta: a contagiosa canibalização da linguagem nas salas de papo na internet e fóruns assemelhados.

Mansur, é claro, legisla em causa própria: a do bom português. Apesar da alegoria do Til, do Ponto de Exclamação e dos demais sinais gráficos – salvo o Trema, coitado, definitivamente desempregado pela nova reforma ortográfica – entrando em greve, a maioria dos outros heróis do autor é bem pé no chão. Eles são gente do povo, comum, de carne e osso, capaz até de escutar Chet Baker no ônibus que volta de Vitória, onde se foi assistir ao casamento de uma ex-namorada (caso do narrador de “O ônibus na estrada reluzente”). Seus personagens frequentam filas do INSS sem nenhuma esperança de transcendência. Eles não comportam a idealização da literatura-como-tese-sociológica.

O narrador de “Zé Pereira” é um bom exemplo. Há vinte anos ele vive feliz, ou ao menos anestesiado, com Suzane. Só os roncos dela o incomodam. Cada vez mais careca, cada vez mais barrigudo, Pereira desconfia que sua chefa lhe joga os olhos verdes em cima por mais tempo que o razoável. Até a noite de temporal em que ela lhe serve um uisquinho após o expediente. “Entendi o que era a traição sentado ali, poltrona giratória, olhando a chuva pela janela”, medita Pereira. É esse caminhar conformado para o cadafalso que delimita o heroismo nos contos de "A rebelião dos sinais”. O heroismo da tragédia grega. Para que lutar contra o próprio destino, seja ele qual for? Inútil, tudo inútil. Diferentemente de clássico helênico padrão, porém, Mansur tem senso de humor. Mesmo na desgraça mais profunda há espaço para um riso dolorido. E para as perturbadoras Reticências...

Fonte: Emendas e Sonetos

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O futuro do livro impresso

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Olá Galera

Hoje vou falar sobre o futuro do livro impresso, assunto que tem sido tema dos principais eventos literários do país. Existem muitos teóricos com opiniões proféticas e apocalípticas sobre o tema. Segundo eles, a tecnologia móvel tende a diminuir a produção de livros, que serão substituídos por e-readers, como o iPad e o Klinde. A grande questão é: será que os livros de papel vão acabar, como aconteceu com o disco de vinil, a máquina de escrever ou o filme fotográfico?

Na minha opinião isso está muito longe de ocorrer, se é que vai acontecer algum dia. Acho que os livros digitais vieram para somar. O mercado vai ficar mais segmentado, mas é pouco provável que os impressos acabem. Nada substitui o prazer de comprar um livro de papel, folhear suas páginas, poder levá-lo a qualquer lugar, sem receio. E convenhamos que este é um ponto-chave. Vocês hão de concordar comigo que no país em que vivemos é muito mais fácil um assaltante levar um e-reader do que um livro de papel. Tudo bem que os livros podem até ficar mais baratos, já que a maior parte do valor do exemplar de um livro está nos custos de impressão, mas não vai valer a pena se tivermos que comprar um e-reader todo mês. Não estou exagerando não hein! Não esqueçam que eu moro no Rio de Janeiro.

Brincadeiras à parte, já sei que muitos vão alegar a questão ambiental. Esse é um ponto importante da discussão. Os leitores digitais vem para diminuir a demanda de papel e com certeza poluem bem menos que os impressos, mas como todos os produtos eletrônicos, contém materiais tóxicos e, se não forem descartados corretamente, podem causar grandes problemas ao meio ambiente.

A questão é que leitores digitais e livros de papel podem perfeitamente "conviver em harmonia". Essa coisa de dizer que uma mídia acaba com a outra não existe. O rádio não acabou com o impresso, as salas de cinema continuam lotadas apesar da internet e dos vendedores ambulantes. Os jornaleiros continuam vendendo revistas e jornais, apesar dos conteúdos on-line. E por mais que tenham decretado sua morte e cremação, o Vinil sobreviveu. Até hoje se fabrica LP e toca-discos e muitas lojas são especializadas nestes produtos. Existe até Vinil da Lady Gaga. Então? Alguém ainda acha que o livro impresso morrerá?

O que você acha? Deixe seu comentário e participe da nossa enquete:  Você acha que o livro impresso vai acabar? 


Cris Gusmão

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carioca Rodrigo Lacerda é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2010

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Outra Vida é o último romance de Rodrigo Lacerda e está na lista dos finalistas dos prêmios São Paulo de Literatura, Portugal Telecom e Jabuti. O Prêmio São Paulo de Literatura já foi realizado, e teve como vencedor o livro A Minha Alma É Irmã de Deus, de Raimundo Carrero. Os outros dois anunciam seus resultados em novembro.

A estréia de Lacerda como escritor aconteceu em 1995, aos 26 anos com o livro "O Mistério do Leão Rampante " (ed. Ateliê Editorial). Com este livro, ganhou dois prêmios , o Certas Palavras Award de Melhor Romance (1995), eo Prêmio Jabuti de Melhor Romance (1996).

Outra Vida foi escrito aos poucos, levou oito anos até ficar pronto. Durante esse tempo, Rodrigo publicou seu romance de 2004, “Vista do Rio” (Cosac), e um livro para jovens, “O fazedor de velhos” (Cosac), de 2008.

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Resumo: Um homem, uma mulher e sua filha de 5 anos aguardam o momento de embarcar no ônibus que os levará de volta à pequena cidade litorânea de onde vieram. Com a viagem, o marido espera começar uma vida nova, depois de um período cruel na cidade grande. Funcionário de uma estatal, pressionado por necessidades financeiras, ele quebrou seu código de conduta e agora enfrenta a culpa e a perseguição. Mas ela criou raízes onde vive, profissionais e sentimentais, que a fazem desconfiar da salvação no passado e negar o retrocesso de seu projeto conjugal. Por isso, luta até o último minuto para ampliar os horizontes da família.

Lentamente, contudo, raízes mais profundas do impasse vão se apresentando. Novos acontecimentos, e novos personagens, perturbam o momento da decisão.
Outra vida é um romance raro, em que narrativa elaborada e estilo apurado jogam a favor da intensidade dramática. Além disso, aborda vários temas da vida brasileira e do mundo contemporâneo, costurando-os à trama principal com extrema sutileza. Nossos dilemas éticos, no espaço público e no privado, o ritmo acelerado em que vivemos e a nostalgia do contato com a natureza são alguns dos elementos que compõem esse vasto pano de fundo.


Confira abaixo a lista dos romances finalistas da 52ª edição do Prêmio Jabuti.Para conferir os indicados de outras categorias, clique aqui.

1º Se Eu Fechar os Olhos Agora, Edney Silvestre (Record)
2º Outra Vida, Rodrigo Lacerda (Objetiva)
3º Leite Derramado, Chico Buarque (Companhia das Letras)
4º Os Espiões, Luis Fernando Veríssimo (Objetiva)
5º Golpe de Ar, Fabrício Corsaletti (Editora 34)
6º Sinuca Embaixo D’Água, Carol Bensimon (Companhia das Letras)
7º O Albatroz Azul, João Ubaldo Ribeiro (Nova Fronteira)
8º O Filho da Mãe, Bernardo Carvalho (Companhia das Letras)
9º A Passagem Tensa dos Corpos, Carlos de Brito e Mello (Companhia das Letras)
10º O Boi no Café, Sérgio Viotti (Editora Imeph)

Sorteio no Blog

Vamos comemorar a inauguração do blog, sorteando o livro Outra vida do Rodrigo Lacerda.
Para saber como participar clique aqui.


Fonte: Veja Meus Livros

Cris Gusmão

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cosplay - a fantasia que vira realidade

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Fala Galera!

O programa Tudo é Possível, da Record, apresentou uma matéria muito interessante sobre cosplay. Eu fiquei completamente encantada e resolvi colocá-la aqui no blog. Confesso que não tinha a menor idéia que vestir a roupa de personagens dos quadrinhos significava praticar cosplay e por isso pesquisei mais sobre o assunto. Segue a matéria:

Segundo o site Cosplay Brasil, a maior comunidade brasileira de praticantes e simpatizantes do hobby, o termo cosplay é a contração das palavras em inglês costume (traje/fantasia) e play / roleplay (brincadeira, interpretação). Pode-se entender como o ato de se fantasiar como seu personagem preferido (de anime, mangá, live-action ou games orientais) e agir como ele. Atualmente existem milhares de cosplayers - nome que é dado aos praticantes de cosplay - espalhados pelo mundo e os maiores eventos que reúnem fãs do hobby chegam a alcançar um público de mais de 40 mil pessoas. A semelhança entre os praticantes e os personagens é impressionante e nos últimos anos os cosplayers têm sido uma das principais atrações de eventos de anime.

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Ao contrário do que se imagina, o cosplay não foi criado no Japão. O primeiro cosplay conhecido foi apresentado por Forrest J. Ackerman em 1939, durante uma convenção de ficção científica nos Estados Unidos. Ele e uma amiga compareceram ao evento fantasiados. Ele com uma vestimenta de piloto espacial, que chamou de "futurecostume", e ela criou uma versão do vestido do filme "Things to Come", baseado na obra de H.G. Wells. Desde então, a prática cresceu e se tornou anual através de concursos e eventos. Com a popularização do anime nos anos 90, o cosplay tornou-se popular no mundo todo e hoje é uma tradição e um hábito que se espalhou por todos os tipos de convenções, a envolver séries ou personagens, principalmente as de Jornada nas Estrelas (Star Trek) e Guerra nas Estrelas (Star Wars).

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Existem diversos concursos de cosplay espalhados pelo mundo. O Anime Friends, organizado pela Yamato Cosplay Cup é o maior do Brasil. Mundialmente, o maior evento de cosplay é o World Cosplay Summit (WCS), no Japão, com participação de pessoas do mundo inteiro. É uma atividade lúdica da qual podem participar crianças, adolescentes e até mesmo adultos, sem restrição de idade, sexo ou condição social. Um dos principais objetivos desse passatempo é se divertir e fazer novos amigos, mas alguns cosplayers levam a coisa tão à sério que chegam a gastar mais de R$ 1.000,00 em roupas e acessórios.

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“Aos olhares desavisados a brincadeira pode parecer um tanto excêntrica, muitas vezes retratada de forma indevida e repleta de estereótipos sobre o perfil daqueles que a praticam. No entanto basta conhecer esse universo mais a fundo para perceber que seus praticantes revelam-se pessoas comuns, que tem um dia-a-dia tão normal quanto qualquer outro. O que os diferencia no entanto, é sua capacidade de trazer para a realidade momentos e figuras do mundo da fantasia e ficção que causam tanto fascínio entre o público. Longe de serem reclusos e isolados, os adeptos do cosplay mostram-se, em geral, altamente sociáveis; ao contrário de uma atividade meramente escapista, a prática do cosplay exige preceitos sólidos e concretos, como organização, capacidade de superar desafios, explorar a criatividade e o potencial artístico nas caracterizações.” (Site Cosplay Brasil)

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Quem quiser conhecer um pouco da história do cosplay, basta acessar a página do site Cosplay Brasil. Lá você encontra fotos, vídeos e informações sobre as competições.

Visite também o nosso canal no Youtube e veja outros vídeos.

Fotos: Divulgação Internet

Bjssss e até a próxima!
Cris Gusmão

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nosso Lar estreia hoje

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O tema espiritismo está em alta no cinema e na televisão brasileira. Depois do sucesso dos filmes Bezerra de Menezes: Diário de um Espírito (2008) e Chico Xavier (visto por três milhões de espectadores este ano), além da boa audiência da novela global Escrito nas Estrelas, hoje estreia Nosso Lar, longa-metragem de Wagner de Assis.

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O filme , que custou cerca de R$ 20 milhões, é baseado no livro homônimo que o médium Chico Xavier (1910-2002) psicografou do espírito André Luiz e que já vendeu mais de 2 milhões de exemplares. Clássico da literatura espírita brasileira, o livro versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

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Sinopse do livro: Nosso Lar é o nome da Colônia Espiritual que André Luiz nos apresenta neste primeiro livro de sua lavra. Em narrativa vibrante, o autor nos transmite suas observações e descobertas sobre a vida no Mundo Espiritual, atuando com um repórter que registra as suas próprias experiências. Revela-nos um mundo palpitante, pleno de vida e atividades, organizado de forma exemplar, onde Espíritos procedentes da Terra passam por estágio de recuperação e educação espiritual supervisionado por Espíritos Superiores. Nosso Lar não é o Céu; é mais um hospital, uma escola, uma zona de trânsito. Mas nos permite antever o Mundo Espiritual que nos aguarda, quando abandonarmos o corpo carnal pela morte física.

Visite o site do filme e assista o trailer.




Cris Gusmão

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ferreira Gullar lança dois livros no Rio de Janeiro

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Prestes a completar 80 anos, o poeta Ferreira Gullar, Prémio Camões 2010, acaba de lançar dois livros, "Em Alguma Parte Alguma" (Editora José Olympio) e "Zoologia bizarra" (Editora Casa da Palavra). O lançamento ocorreu na noite desta quarta-feira (1º), em uma livraria do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro e marca o encerramento de um jejum de onze anos do autor sem publicar poesias. Seu último livro no gênero foi "Muitas Vozes", de 1999.

Além de poeta, Gullar, que faz 80 anos no dia 10 de setembro, também é conhecido pela crítica de arte e dramaturgia. Ele ainda escreveu ensaios, crônicas, memórias e até ficções curtas. Em 2007, foi vencedor do Prêmio Jabuti. É também ganhador, pelo conjunto de sua obra, do Prêmio Machado de Assis, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras.

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Na sessão de autógrafos, o escritor falou um pouco da origem do novo livro, de sua falta de método para criar e do que pensa sobre poesia.
O escritor disse discordar da ideia de que fazer poemas seja um ato doloroso. Para ele, o poeta pode até criar algo a partir da dor, mas sente prazer quando consegue transferi-la para o papel. "O poeta escreve para se livrar de uma emoção. Ninguém consegue ficar emocionado o tempo todo", disse.

De acordo com ele, esta dor é um elemento que ajuda o leitor a se identificar com o texto, já que ele reconhece um sentimento que também viveu transfigurado nos versos.

Em sua fala, Gullar se entusiasmou ao defender a ideia de que os poetas estão mais próximos da verdade. Para o escritor, ao contrário dos filósofos que precisam apresentar coerência em seu raciocínio, poetas têm liberdade para entrar em contradição o tempo todo, uma vez que seu compromisso é apenas com o que estão sentindo.

O livro "Zoologia Bizarra" reúne colagens de papel e cartolina em forma de animais feitas pelo autor. Com "Em Alguma Parte Alguma", Gullar se renova. segundo o autor, o livro nasceu por acaso, numa viagem recente ao Chile, primeira desde que ele deixou o exílio para voltar ao Brasil. "O que me impressionou ao chegar a Santiago foi ver que a cidade em que eu vivi não existia mais. Desse estranhamento partiu minha escrita". disse Gullar.

Fonte: Folha On Line


Cris Gusmão

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bem-vindos ao Blog da Galera que Lê!


Bom galera,

Meu nome é Cristina e sou uma jornalista apaixonada por livros, arte e cinema. Sou casada e tenho um filho de 4 anos que já estou iniciando no mundo da literatura. Ele adora as histórinhas dos Três Porquinhos e da Chapeuzinho Vermelho. Um fofo! (mãe babona falando). Passo a maior parte do meu dia na internet. Leio de tudo, de jornais a blogs, tudo o que passa na minha frente eu devoro.

Criei este blog para falar sobre livros, lançamentos, mercado editorial, eventos e concursos, enfim tudo o que rola no meio literário. Mas o assunto de maior destaque será os novos autores brasileiros. Não deixaremos de falar, é claro, dos grandes escritores, dos livros estrangeiros, mas nosso foco é valorizar uma galera cheia de talento que não encontra espaço na mídia para divulgar o seu trabalho.

Sabemos como a vida de um escritor é difícil. Além de passar por toda a etapa de produção do texto, o autor precisa se preocupar em encontrar uma editora que publique o seu livro. As grandes editoras recebem, diariamente, dezenas, centenas de originais e abrir a porta para um autor brasileiro desconhecido é muito difícil (mas não impossível). Depois de publicado, o autor precisa ainda fazer com que esse livro venda e muitas vezes o sonho de se tornar um escritor conhecido parece distante.

Ao meu ver a melhor forma de fazer com que escritores iniciantes sejam reconhecidos é ler a obra de escritores desconhecidos. A maioria das pessoas acha que só livros estrangeiros fazem sucesso e quando você pergunta sobre livros brasileiros surgem nomes de grandes escritores ou de clássicos da literatura nacional. Antes que alguém lance uma crítica em prol dos grandes mestres das letras, explico que não estou fazendo aqui nenhum movimento contra a leitura e sim a favor dela. Quem gosta de ler e quem quer se aventurar pelo mundo da escrita tem que ler de tudo, até bula de remédio, mas principalmente tem que estudar, estudar muito. Ler poesia, romance, ficção, comédia, quadrinhos; ler de Machado de Assis a Paulo Coelho. E também ler autores desconhecidos. Ler e indicar, pois só assim criaremos uma nova cultura que permitirá que os novos escritores tenham um espaço maior nas livrarias.


Pois bem, se você é um escritor iniciante leia e divulgue seus colegas iniciantes. Vamos formar um movimento de apoio mútuo. Aqui neste espaço você vai conhecer o trabalho de escritores que amam e se dedicam ao que fazem. Espero que gostem e apoiem este blog.

Críticas, sugestões e afins deixe seu comentário ou envie um e-mail para: galeraquele@gmail.com

Beijos
Cris Gusmão